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Vampiros, o terror da literatura.

22 nov

Então, hoje falaremos de um assunto terrível. Terrível e dentuço… Não, não é da Mônica, caso sua mente infantil e besta tenha pensado nisso. Vamos conversar sobre outro tipo de dentuço, que não usam vestido vermelho nem tem um coelho de pelúcia azul.

Vampiros!…

Parece que todo mundo gosta de histórias de vampiros. O que muito me surpreende porque até hoje eu nunca li um livro decente sobre o assunto. Sério, o Drácula de Bram Stoker é o troço mais chato e anticlimático que já li em toda minha vida. Drácula não faz nada de interessante a história toda e morre do jeito mais idiota possível no final.

Tem também os romances de Anne Ricce, que eu acho extremamente sem graça também. Mas são até melhores que o clássico.

Agora estamos vivento a febre dos vampirinhos emos que brilham(!?) ao sol e tem crises existenciais sobre morder ou não a menina chata que se joga em cima deles… Que história sensacional!… Isso se você for uma adolescente vinte quilos acima do peso e com  sérios problemas emocionais e de relacionamento. Qualquer ser humano normal dá risada dessa história. Mas quem disse que adolescentes, e ainda mais nesse estado, são seres humanos normais?

Mas não, meus queridos. Não ficarei o texto inteiro falando mal das historinhas insossas de Crepúsculo e afins.

Minha questão é um pouco mais profunda:

Como um tipo de personagem que só tem gerado as maiores bombas literárias da história traz tanto fascínio?

Já pensaram nisso?

Cara, NENHUMA HISTÓRIA SOBRE VAMPIROS É BOA! Absolutamente nenhuma. São todas um saco.

É claro que os fanzocas de Anne Ricce e dessa safra nova de chupadores(?) de sangue irão discordar de mim. Contudo, eu não dou a mínima pra eles e podem gritar à vontade. Se quiserem podem até comentar que ficarei feliz em falar mais mal das coisas que vocês tanto amam, manés!

Mas será que algum de vocês pode encontrar a resposta? Por que esse fenômeno estranho?

Eu penso que a resposta reside no fato de que livros ruins acabaram ganhando boas adaptações cinematográficas e em jogos de RPG. Pergunte ao seu amigo que leu Drácula e depois viu o filme qual ele acha melhor. Eu voto no segundo sem pestanejar.

Foi simplesmente o cinema de terror que criou o que é o vampiro hoje. Depois embalou num pacote pra todo mundo comprar e a galera vai engolindo.

Não que eu desgoste disso. Bons filmes serão sempre bons filmes. Mas é estranho ver que vampiros só se dão bem na telona do que em páginas. Novamente, não falo dos “novos” filmes de vampiros, não me comprometam.

Nem adianta olhar assim, você sabe que é verdade.

Então, vampiros só seriam bons personagens para filmes, certo?

Ao que eu respondo, não sei. Até porque, eu realmente não li nenhuma história em que um vampiro seja realmente interessante. São sempre os mesmos clichês de sempre. O cara atrai a vítima, geralmente uma mulher, a seduz, bebe seu sangue e eventualmente a transforma numa vampira que irá repetir o processo. Como um ciclo de reprodução.

Sim, vampiros são meros animais cujo interesse é ficar mais forte e se reproduzir. Não se engane, essa sempre foi a premissa básica da coisa. Logo, não vejo como personagens interessantes podem ser criados embaixo disso. Minto, até vejo, mas creio que nem se pode chamá-los de vampiros…

É uma coisa complicada. Até jogos de RPG e videogames usam a mesma premissa, com grande sucesso devo acrescentar.

Vampiro, A máscara é um dos RPGs mais conhecidos do mundo depois de Dungeons and Dragons. A série Castlevania é uma das mais lucrativas dos videogames.

E irritantes também, devido a sua dificuldade insana.

Até hoje eu não passei da maldita fase da montanha de Castlevania: Order of Ecclesia do Nintendo DS. Jogo desgraçado que só me faz raiva!…

….

Enfim, a coisa não muda drasticamente de um mídia pra outra.

O jogo pode até ser bom, mas é sempre mais do mesmo.

Finalizando, no fim, vampiros são apenas animais selvagens que precisam ser caçados para que não matem as pessoas. É isso e ponto. Qualquer abstração do conceito gera coisas chatas como os livros da Anne Ricce ou mesmo os vampirinhos adolescentes emos.

Isso é certo e não se pode mexer? Não sei, ninguém fez nada melhor até hoje, já disse. Mas caso alguém, nos próximos anos, venha a ter uma grande idéia estarei pronto para ouvir. Afinal, eu também gosto de histórias de vampiros, apesar de a grande maioria ser horrorosa!