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A história em prosa e telas.

3 set

Eu sempre gostei de história. Sim, aquela disciplina que muita gente achava um saco na escola porque tinha que decorar um monte de nomes, datas e lugares. Pra mim era o momento onde eu poderia me redimir de todas as notas baixas tiradas em matemática e do desastre que eu era em educação física. Certo, ninguém dava bola para as minhas altíssimas notas em história… Mas eu gostava de esfregar na cara dos outros o fato de saber bem mais que eles usando um centésimo do mesmo esforço dispendido por meus colegas para simplesmente não aprender nada.

Admito, sempre fui um desgraçado vaidoso. E como na época não podia ser muito vaidoso com aparência – gordinhos sofrem – eu aproveitava a minha capacidade esponjosa de absorção de conhecimentos para tal.

Não é necessário dizer que, na qualidade de comedor de livros incasciável, acabei esbarrando também no que chamam de romances históricos. Sabe, aqueles livros que contam histórias de gente que já morreu e coisas que aconteceram há muito, muito tempo, quando sua bisavó era uma garotinha virgem e inocente, brincando pelo quintal… Muitas vezes bem mais tempo que isso, é verdade.

Romances históricos também servem para filmes com bonitas atrizes!

Romances históricos também servem para filmes com bonitas atrizes!

Acho realmente interessantes essas histórias.  Principalmente as que se passam na Idade Média ou Antiguidade. Claro, onde podem ser descritas as batalhas mais fodas da humanidade. Esparta e seus 300 malucos estão nessa enorme fatia de tempo.

Creio que grande parte do sucesso desse gênero – sim, eles fazer muito sucesso, continue lendo que falarei disso – deve-se ao fato das pessoas terem uma enorme curiosidade sobre o passado. Todo mundo quer saber, mesmo em pequeno grau, o que aconteceu no lugar onde mora há sei lá quantos anos. Todos gostam de olhar fotos antigas e imaginar como era sua rua, cidade e país na época em que foram tiradas. É um brincadeira divertida!

O que os romances históricos fazem é potencializar isso de maneira a pessoa se imaginar em lugares e épocas nos quais nenhuma nenhum conhecido seu esteve antes. Afinal, não conheci ninguém por aí com mais de 10 mil anos ainda. E se conhecer, certamente serei decapitado por sua enorme e afiada espada em questão de segundos, pois só pode haver um!…

Pra este cara, romances históricos são contos de comadre.

Pra este cara, romances históricos são contos de comadre.

Não resisti a piada pronta, me processem…

Enfim, é curiso ouvir falar sobre coisas que não existem mais. As pessoas até parecem gostar mais desse filão literário em detrimento de outros. Bernard Cornwell que o diga. O velho faz um sucesso desgraçado com seus livros históricos. E parece que ninguém ainda se satisfez. Mesmo eu ando lendo umas coisas dele e devo dizer, o cara é muito bom.

Pois livros como “Stonehenge” e as “Crônica Saxônicas” tem me divertido muito nos últimos tempos.

Eu nunca fui de ler esses livros da moda e super vendidos estou achando sensacional.

Confeso meu profundo preconceito contra quem está no topo das paradas dos cadernos literários. Não tenho problema com a pessoa ganhar dinheiro, longe disso. Ainda espero algum dia conseguir escrever um best seller de fama internacional. Entretanto, muitos deles são de péssima qualidade – outro assunto no qual vou entrar outro dia…

Na minha descartável opinião, eu poria as histórias do velho em pé de iqualdade com Quo Vadis e Guerra e Paz. E olha que rivalizar com o Tolstoi e suas descrições das guerras napoleônicas não é pouca coisa!

Claro, se o sujeito levar tudo escrito no livro ao pé da letra e imaginar as coisas terem sido realmente daquele jeito precisa reaver seus conceitos sobre fontes. Ou ler um livro de história de verdade, com marco teórico, objetivo e legitimidade acadêmica e tudo mais de pede o figurino. Mas aí voltamos às chatíssimas aulas de história. Além do que, livros de história acadêmicos não trazem contos de amor, ódio, esperança, intriga e tudo adoramos!

Parece que nosso amigo vai continuar pensando que Artur era um oficial romano na Britânia e outras coisas.

Deixa o povo pensar que a Cleopatra era assim...

Deixa o povo pensar que a Cleopatra era assim...

Afinal, os filmes sempre nos presenteiam com representações de figuras históricas. Muitas delas ficam realmente impregnadas na nossa mente, como a da moça aí de cima. Certo, não é mais moça há muito tempo, porém, felizmente suas fotos da juventude – e de seus belos “atributos artísticos” – continuarão para sempre entre nós.

Salve a internet e seus gordos desocupados maravilhosos!

Já que começamos a falar de cinema…

Queria uma bárbara dessas pra mim...

Queria uma bárbara dessas pra mim...

O cinemão adora esses temas, a verdade é essa. Do mesmo modo que livros, filmes históricos também atraem público. Ainda que sejam grandes hemorróidas purulentas de fedor sempre tem muita gente querendo assistir.

Um bom exemplo recente é Arthur. Aparentemente pegaram a saga que Cornwell escreveu e resolveram filmar. O que se configurou num atentado nojento ao cinema e a inteligência dos espectadores.

No fim, o que prestou lá foi a Keira Knihtley de top de couro pelos campos britânicos!…

Sim, eu gosto dela. Algum problema?

Vão se punhetar pra Mulher Melancia!

Mas sempre existem os filmes bons! Mel Gibson dirigiu “Coração Valente”, a melhor coisa que ele fez antes de despirocar e sentir tesão por torturas extremas e nojeira sanguinolenta. A despeito disso, ele continuou com temas relativamente históricos. O que vale uma olhada em produções dele como “Jesus” e “Apocalipto”. O segundo eu não vi, mas o primeiro assisti no cinema e posso dizer que é uma aula de tortura… Quer dizer, de como as pessoas viviam na palestina dominadas pelos romanos!

Bem, por hoje é só. Tenho que deixar registrado que hoje foi extremamente difícil escrever este texto. Preguiça e dispersividade altas estão entre meus motivos. Então, até mais!