Um pouco de mim pra vocês.

19 jul

Vamos dar uma chacoalhada no tédio e escrever mais um texto para o blogue. Afinal, não tenho nada melhor pra fazer mesmo no momento… Pensava em escrever alguma coisa sobre Fundação, trilogia que estou lendo como se não houvesse amanhã desde semana passada. Mas algo dentro de mim diz que devo utilizar este espaço de nada para algumas elucubrações – nossa, sempre quis usar essa palavra.

Enfim, estava pensando numa divagação mais intelectual. Assim a turma de cinco pessoas que lê esta benga pode parar de pensar que sou um inútil estúpido e construo qualquer coisa de relevante na internet.

Como se houvesse relevância num troço que só existe para busca de putaria e piadinhas adolescentes…

Mas vamos continuar. Há alguns dias estava pensando no enredo para um livro futuro. Aliás, estou pensando nisso faz uns bons anos e nada muito interessante apareceu. Nada além do que postei numa página à parte aqui com o nome de Como Escrever um Épico. Queria fazer um troço mais interessante e instigante do que uma narrativa intelectualóide sem identificação com a cabeça das pessoas. Minha idéia era fazer uma coisa realmente interessante e que fosse forte o suficiente para ser lido e apreciado desde os chatos metidos a intelectuais até as pessoas que lêem só por diversão.

Então eu pensei numa coisa assim:

Temos uma escritora, ou aspirante a escritora. Não me importa o gênero do protagonista. Na verdade só pensei numa mulher porque estou de saco cheio de protagonistas homens. E também porque sofro de alergia crônica a homem. Sim, chego perto de um e começo a ficar empolado e doido pra sumir pra longe. O engraçado é que com mulheres o efeito é reverso… Tá, a piada foi estúpida…

Prosseguindo, essa mulher quer porque quer escrever um livro. Motivos não faltam. Ela pode ser uma escritora de sucesso tentando completar mais um best-seller e pode estar sendo pressionada pelos editores, pode ser uma pé-rapado escrevendo qualquer coisa nas horas vagas, não importa. O que importa é o fato da desgraçada ter uma louca vontade de escrever e não conseguir.

Sim, tudo começará com uma porra de um bloqueio criativo. Não parece muito interessante no início, mas eu achei a melhor forma de começar.

E como ela tenta resolver seu bloqueio? Bem, muita gente tem muitas fórmulas pra isso. Tem gente que se esforça mais ainda em cima de um papel branco, outros que procuram tratamento psquiátrico. Há ainda os que enchem a cara de qualquer coisa, de cerveja a cocaína, pra poder abrir a cabeça. Por fim, tem gente que escreve em blogs mixurucas na internet! Embora isso até hoje não tenha me ajudado muito, devo confessar…

Pois é, nossa heroína não consegue escrever e seu modo para burlar a bloqueio é lendo mais livros! Se empilhando de todos os livros que consegue pegar na biblioteca pública da cidade. Ressalva: como se trata de uma cidade fictícia a biblioteca também é, logo, eu posso colocar o acervo que quiser dentro da porra.

Numa das suas andanças pela biblioteca ela dá de cara com um livro diferente. Parece ser bem velho, não tem título na capa nem o nome do autor. Pra falar a verdade, não existe identificação nenhuma do que trata aquele livro, nem em que lugar foi impresso nem nada. Simplesmente começa e pronto. Por uma curiosidade idiota – e por que seria? – ela resolve pegar o tal livro para ler. Nisso ela descobre que o dito não está em lugar nenhum na base de dados da biblioteca e mesmo assim o leva pra casa. Numa rápida pesquisa na internet também descobre que não há menção dele em lugar nenhum.

Aí ela resolve ler o livro. E entra em parafuso com a história contada nele. Não, não sei o teor da história e vou pensar nisso mais tarde. Mas a mulher fica maluca com o troço. A ponto dela ter pequenos, depois grandes, comichões de plagiar cada página do troço.

Pensem comigo, é um trabalho simples. Aquele livro simplesmente não existe. Seria uma moleza atribuir a história a ela e fim de papo. Como nossa esperta escritora conclui, o livro é praticamente pedido para ser plagiado na cara dura e assim ela o faz.

Agora entramos na parte do conflito da história e o final do deste texto brutalmente longo.

A medida que ela copia as páginas do livro original, certos acontecimentos da história passam para a sua vida. No começo coisas idiota, como um personagem secundário que dá bom dia ou coisa assim. Mas certamente degringolará para algo mais sério. Não sei o que.

Bem, é mais ou menos isso que se passa pela minha cabeça nestes últimos dias. Só escrevi isso porque queria saber o que vocês, meus cinco leitores, pensam sobre isso.

7 Respostas to “Um pouco de mim pra vocês.”

  1. Daniel 19/07/2010 às 23:09 #

    Muito boa sacada. Ideia boa pra se desenvolver e pro Chris Nolan filmar! Hahahaha!

  2. Carla Leandro 19/07/2010 às 23:20 #

    Aham, acho que vi algo semelhante, num documentário sobre jornalismo na faculdade…
    Acho boa a ideia, Michel. Compreendo o lugar comum da crise de criatividade, etc, mas… muda a biblioteca pública da cidade, faz a moça ir pra outro lugar, porque tem que ser na biblioteca pública da cidade?!

    • micheloliveira 19/07/2010 às 23:23 #

      Sei lá. Foi o mais lógico pra mim ela encontrar isso numa biblioteca pública. Mas estou aberto a sugestões.

      • Leonette 21/11/2010 às 11:50 #

        cade o resto da historia?
        eu quero saber!

  3. Ana 22/07/2010 às 11:59 #

    Gostei da idéia Michel! Já pensou no nome dessa protagonista?

  4. Carla 26/07/2010 às 15:21 #

    Minha sugestão é que ela vá a uma biblioteca na Internet. Até porque há várias coisas sem nome ou com autoria misteriosa no meio.
    Boa também é essa ideia de colher sugestões pela Net, dá pra fazer algo só com isso. 😉

  5. Tony 28/08/2010 às 16:29 #

    Eu leria!

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